quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Alfabetização na era digital



As escolas particulares e as redes públicas de ensino, do ensino fundamental, a universidade, também foram incorporando as tecnologias ao seu repertório de ações pedagógicas e administrativas. Há um esforço evidente para que as ferramentas se transformem, efetivamente, em meios através dos quais a educação possa ser trabalhada com melhores resultados e com melhor qualidade.
           Em meio às virtudes da era globalizada a qual vivemos, alfabetização digital parece ser somente habilidades para pegar no mouse, apontar, cortar, copiar e fazer pesquisas prévias, ou seja, habilidades comuns muito vistas no campo tecnológico. Porém, o conceito de alfabetização é muito mais amplo, quando visto que ela busca, na alfabetização digital, a realização do inédito viável, isso que os educadores percebem inédito, porque ninguém o estreou, mas viável, porque estão dadas as condições para acontecer, possibilitando uma educação crítica dos educadores de jovens e adultos. Na esfera da Internet, a proposta de educação de jovens e adultos envolve a alfabetização digital, que tem como base a comunicação e o diálogo e como estratégias fundamentais de leitura de mundo real/virtual o reconhecimento da fala do cotidiano, da escrita e da leitura, na multidiversidade de textos digitais gerados.
          Com o Método Paulo Freire todos aprendem e ensinam, já que é uma proposta para ensinar e aprender em comunhão. A comunicação dialógica, fundamental nas relações humanas, deixa interpenetrar seus elementos básicos tais como confiança, humildade, respeito, amorosidade, esperança e responsabilidade específica de cada participante no ato de aprender, permitindo certa autonomia ao processo ensino--aprendizagem. A ênfase nesse processo está em que aprendemos em relação aos outros e mediados pelo mundo. Podemos dizer que entrar na Internet envolve o encontro com os outros, mas muito mais consigo mesmo, ao colocar em questão nossa autonomia tanto para aprender como para ensinar quando não há um detentor do saber, lugar dado tradicionalmente ao professor, e sem uma comunidade de aprendizagem onde todos aprendem e ensinam e juntos conhecem mais do que já sabiam. 
         Os cursos na Web, com suas características particulares, ressignificam a relação ensino--aprendizagem, uma vez que o professor a partir de seu saber encoraja a participação e propõe atividades em que os alunos/educadores aprendem, mas também ensinam. a tarefa do educador e do educando será a de protagonizar a autoria da leitura e da escrita nos meios comunicacionais. A “leitura de mundo” oferece estratégias para descobrir criticamente, codificar/decodificar e explorar as camadas de texto previamente escrito e gravado na memória do computador (o que já possibilita caracterizar a competência do professor para este século). Nessa relação, a responsabilidade do professor é mediar a conexão entre o educando e o computador, ou a complexa rede informativa, “problematizando aos educandos o conteúdo que os mediam mantendo vivo e criativo o debate para evitar a geração de diletantes da rede.
          Nesse processo, a ação do educador pode se ver como a busca do inédito viável, conceito cunhado por Paulo Freire. O inédito viável "é na realidade uma coisa inédita, ainda não claramente conhecida e vivida, mas sentida e quando se torna um percebido destacado pelos que pensam utopicamente, esses sabem, então, que o problema não é mais um sonho, que ele pode se tornar realidade.
Para melhor compreensão do tema e também como auxílio para desenvolvermos a temática, tivemos como apoio, um artigo escrito por Margarita V Gomez, que aborda diversas discussões interessantes e que permeiam a cerca da educação digital assim como, suas particularidades.Para acessar ao artigo clique aqui: http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2010/02/06.pdf


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